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quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Definições no Halliday e física.

Ensaio inspirado na leitura de 'Fundamentos da Física' de Halliday Resnick e também em trechos de 'O Tao da Física' de Fritjof Capra. (Em desenvolvimento)

Lendo as últimas páginas do livro de física 8ªEd do Halliday, que me acompanhou o inicio do curso de engenharia, notei que há uma seção sobre o Sistema Internacional de Unidade (SI) que dá as seguintes definições:

Metro:
'' ... a distância percorrida pela luz no vácuo em 1/299.792.458 de segundo." {1983)

Quilograma:
"... este protótipo [um certo cilindro de platina-irídio] será considerado daqui em diante como a unidade de massa." {1889)


Segundo:
" ... a duração de 9.192.631.770 períodos da radiação correspondente à transição entre os dois níveis hiperfinos do estado fundamental do átomo de césio-133." (1967)


Ampere (corrente elétrica):
" ... a corrente constante que, se mantida em dois condutores paralelos retos de comprimento infinito, de seção transversal circular desprezível e separados por uma distância de 1m no vácuo. produziria entre esses condutores uma força igual a 2x10^-7 newton por metro de comprimento." {1946)

Kelvin (temperatura)
" ... a fração 1/273,16 da temperatura termodinâmica do ponto triplo da água." (1967)

Mol (quantidade de matéria)
" ... a quantidade de matéria de um sistema que contém um número de entidades elementares igual ao número de átomos que existem em 0,012 quilograma de carbono-l2." (1971)

Candela (intensidade luminosa)
"... a intensidade luminosa, em uma dada direção, de uma fonte que emite radiação monocromática de freqüência 540 X 10^12 hertz e que irradia nessa direção com uma intensidade de 1/683 watt por esferorradiano." (1979)

É de se notar que todas essas definições são ultra precisas, ancoradas na matéria ou em uma sensibilidade extra corpórea bem diferente do nosso cotidiano, própria dos instrumentos e não mais em um vocabulário próprio do senso comum ou mesmo dos famosos Isaac Newton, Tesla ou Thomas Edson. Certo que o senso comum tem suas falhas e que de fato é necessário um vocabulário próprio para áreas do conhecimento, mas o que também vemos a necessidade de questionamentos filosóficos sobre o que sustenta a física, ou metafísica. Acaso essa super definição não é um desejo de perfeição?


O próprio tempo, por exemplo, na definição de segundo que mais cabe ao senso comum é a 86400 parte de um dia que tem 24h (24*60*60). Pelo SI a referência deixa de ser o dia para ser os nada sensíveis 9 bilhões de ciclos em camada ultrafinas de Césio 133.  

Seguirá neste algumas notas do Tao da Física de Fritjof Capra que trata, li por cima, sobre a precisão dos aparelhos de medição e nossa percepção. Pretendo cruzar com as definições tomistas de que as informações passam pelos nossos sentidos, coisa na física moderna já não tão possível por se tratar de modelos deduzidos e imaginados.

Também gostaria de encontrar um especial material da Mitutoio sobre os padrões de medidas que chegam a serem contruidos quase que templos para guardar peças que averiguam um mundo nanoscópico, preciso ainda encontrar.

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