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sábado, 6 de fevereiro de 2021

Esquema geral da Pascendi

Interpretação:
A escolha do símbolo oriental yin-yang no centro chama a atenção para o princípio da dinâmica entre dois antípodas modernistas: o filósofo e o crente, o primeiro com a negação do conhecimento ("não sei se Deus existe"), o segundo com a afirmação do sentimento (A Fé é um sentimento), dualidade típica de sistemas gnósticos onde um princípio de afirmação coexiste e se suplementa com o princípio de negação.

As figuras ao redor são colaterais, mas protegem a dinâmica entre as duas figuras centrais.

O triângulo ao redor não tem dinâmica e possui em cada aresta os princípios pétreos onde todos os elementos internos estão imersos: Agnosticismo, Imanentismo e Evolucionismo.

A primeira doutrina é o Agnosticismo que está presente sempre que se nega a transcendência dos fenômenos pela inteligência. Ela se manifesta na negação e/ou adulteração da escolástica tomista, da metafísica de Aristóteles, da negação da analogia entre Ser e Ente, geralmente optando pela vertente kantiana e pela confusão unívoca entre Ser e Existir (Deus é igual a existência) e a mais grave negação da Revelação externa de Deus para o Homens. 

A segunda doutrina é o Imanentismo. Esta doutrina diz que a existência é fonte de si própria, o Homem emana Deus em sua conclusão extrema. Podemos percebê-la no excesso de importância da Experiência que possui peso de Revelação divina manifesta no indivíduo. A Revelção externa base da Teologia é superada por "Deus na minha vida".

A terceira doutrina é o Evolucionismo. Esta vai além daquilo que a biologia manifesta em modo agnóstico, i.e. o Darwinismo. Ela é mais clara quando diz que o sobrenatural é a evolução do natural sendo assim que natural e sobrenatural são a mesma coisa, mas somente em diferentes períodos do Processo Histórico. A evolução do Homem natural em sobrenatural resultaria na divinização do Homem que vira Deus.