As relações humanas em grande maioria funcionam entre distâncias, sem contato físico, a base das linguagens verbal e corporal. A maior parte das agressões são insídias verbais, insinuações, maus exemplos, quebra de confiança, traição etc.
Visando estudar o mecanismo dessas articulações sociais inicio estudos sobre moral social e nesse sobre o escândalo, um pecado contra a Caridade e contra o 5º Mandamento.
Conforme o dicionário Houaiss eletrônico 'escândalo' vem do latim scandàlum, que significa 'pedra de escândalo, obstáculo, ocasião de queda, laço, armadilha', mas também vem do grego eclesiástico skándalon (σκάνδαλον),ou "pedra, obstáculo que faz tropeçar, tombar; escândalo"
Fato ou acontecimento que contraria e ofende sentimentos, crenças ou convenções morais, sociais ou religiosas estabelecidas. Ex.: sua nudez em pleno saguão foi um e.
Indignação, perplexidade ou sentimento de revolta provocados por ato que viola convenções morais e regras de decoro
Ex.: seu comportamento provocou um e. na plateia
Aquilo que pode levar a erro, a mau procedimento ou a pecado.
Ato que envolve desordem, tumulto, quebra de uma ordem estabelecida. Ex.: como não conseguiu ingresso, fez um e. na porta do teatro.
Fato revoltante, inaceitável pela consciência civilizada. Ex.: a tragédia dos pobres é o grande e. de nosso tempo.
Por referencia a S. Tomás, o escândalo tem a capacidade de desestruturar, é como uma ferida no pé.
Por referencia a S. Tomás, o escândalo tem a capacidade de desestruturar, é como uma ferida no pé.
São Tomás de Aquino tem um tratado do escândalo
Suma teológica - Parte II-IIae - Questão 43
(Traduzido do espanhol http://hjg.com.ar/sumat/c/c43.html# via google)
01-É adequada a definição de escândalo "um dito ou feito menos reto que oferece ocasião de ruína"?
Respondo: Segundo São Jerônimo em local exposto, em grego é chamado de "escândalo" o que pode ser traduzido como tropeço, ruína, armadilha, ou lesão no pé. Sucede, com efeito, que no caminho material, por vezes, torna-se um obstáculo, e quem tropeça nele corre o risco de cair, esse obstáculo é chamado escândalo. Ela ocorre também na vida espiritual das palavras e ações de outra ruína espiritual induzir em que, com o seu pecado exemplo solicitação admoestação, ou arrastar. Este é escândalo adequada. Mas não há nada que por sua natureza induzir ruína espiritual, a menos que tal defeito de justiça. Na verdade, é perfeitamente reto para induzir a queda, preserva. Essa é a definição de um escândalo bem menos bem disse ou fez que oferece oportunidade para a ruína.
02 - É pecado o escândalo?
Respondo: Como expomos (a1 ad4) ha um duplo escândalo: O passivo, que quem sofre o escândalo e o ativo, de que o provoca oferecendo ocasião de queda. O escândalo passivo é sempre pecado em quem o sofre, já que nada se escandaliza senão enquanto que de algum modo sofre ruína espiritual, a qual é pecado. Porém pode dar-se também o escândalo passivo, sem pecado por parte de quem foi o autor do feito pelo que o outro se escandaliza; tal é o caso de quem se escandaliza pelo bem que o outro faz. Igualmente, o escândalo ativo é sempre pecado por parte de quem provoca. Com efeito, a ação ou é pecado ou tem aparência de pecado. Neste caso, a caridade faria o próximo obrigado a esforçar-se em velar por sua salvação; não fazê-lo implica atentado contra a caridade. Sem embargo, pode dar-se o escândalo ativo sem pecado por parte daquele a quem se escandaliza, como afirmamos antes (a.1 ad.4)
03 - É pecado especial o escândalo?
04 - É pecado mortal o escândalo
05 - Pode ter espaço entre os perfeitos o escândalo passivo?
06 - Pode ter espaço o escândalo ativo nos varões perfeitos?
07 - Se hão de deixar os bens espirituais pelo escãndalo.
08 - Se deve abandonar o temporal pelo escândalo?
A seção de Defectibus do Missal diz das ações que invalidam o Sacramento, causam pecado e escândalo.
A cruz é loucura para os gentios e escândalo para os judeus.
(16/07/2015) Nas obras modernas sobre "Teoria Mimética", muito trabalhadas por Rene Girard, se trata do escândalo nas condições de 'imitações interna' onde o sujeito e o objeto possuem o modelo como obstáculo.
Na obra de Dostoevsky temos romances de comportamento repugnantes interpretados como mimetismo doente.
Na obra de Girard dá-se a entender que a ausência do modelo externo e distante, diria transcendente, promove desagregação social pois os modelos internos são próximos demais propiciando a rivalidade. Os modelos passam a ser o sol, a estrela guia do desejo que por fim fundamenta o eu prosaico.
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(16/07/2015) Nas obras modernas sobre "Teoria Mimética", muito trabalhadas por Rene Girard, se trata do escândalo nas condições de 'imitações interna' onde o sujeito e o objeto possuem o modelo como obstáculo.
Na obra de Dostoevsky temos romances de comportamento repugnantes interpretados como mimetismo doente.
Na obra de Girard dá-se a entender que a ausência do modelo externo e distante, diria transcendente, promove desagregação social pois os modelos internos são próximos demais propiciando a rivalidade. Os modelos passam a ser o sol, a estrela guia do desejo que por fim fundamenta o eu prosaico.
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Tratado III - Caridade
Art. IV - Pecados contra o amor para com n proximo p.151 a 154
§1 - O escândalo
§2 - A cooperação
§ 1. O ESCÂNDALO
134 I. Noção e divisão: O escândalo é uma palavra, ação ou omissão que constitui para o próximo ocasião de pecado.
O escândalo assim definido chama-se ativo, ou seja, dado. A ruína espiritual, isto é, o pecado que provém do escândalo ativo, chama-se escândalo recebido ou passivo.
O escândalo ativo é direto (diabólico), se diretamente visa ao pecado do próximo, quer como ofensa de Deus, quer como dano espiritual; é indireto, se se prevê, mas não se intenciona, o pecado do próximo.
O escândalo passivo é farisaico, se provém de pura malícia; e de pusilânimes, se provém de ignorância ou de fraqueza.
135. -II. Malícia do escândalo. l. O escândalo ativo é pecado mortal "ex generE suo", se induz outro a culpa grave, e tem duas malícias distintas:
1 uma contra a caridade, outra contra a virtude que leva a violar.
Além disso, o escândalo diabólico tem uma grave malícia especial, contra a caridade, em razão do ódio contra Deus e contra o próximo.
Se o escândalo resulta da falta de suficiente e séria deliberação, de parvidade de matéria, ou se o influxo que exerce a palavra, ação ou a omissão é fraco, constitui somente pecado venial. Quando se trata de escândalo direto, não basta acusar-se na confissão sô de haver dado escândalo, mas deve' dedarar-se a espécie de pecado a que se deu ocasião; isto. porém, não é necessário, quando o escândalo é indireto.
Afirmam muitos que nos peados de cumplicidade se deve declarar na confissão a circunstância da solicitação; segundo a opinião mais provável isto não é necessário, pois basta saber que o pecado tenha sido cometido com outros. Neste caso, de fato. o escândalo é mútuo e é somente uma circunstância
agravante ter sido o primeiro a escandalizar.
2. Não se podo permitir o escândalo passivo sem uma causa justa.
A caridade nos ordena impedir o pecado do próximo, mas não estamos obrigados a isto com grave incômodo. A gravidade da causa deve tirar-se da gravidade e certeza do pecado, não, porém. da multidão dos que ficarão escandalizados.
Deve-se evitar o escândalo dos pusilânimes, se fôr possível sem grave. incômodo; mui provavelmente para evitá-lo pode-se omitir uma ou duas vezes uma obra mandada por uma lei positiva; por exemplo, uma mulher pode alguma vez deixar de ouvir Missa, se sabe que na igreja vai encontrar um homem que a olha com olhares impuros.
Esta obrigação, porém, cessa, se se devesse por longo tempo estar privado de observar uma lei positiva, ou de qualquer outro bem, mesmo indiferente em si, porque. fora do caso de uma necessidade extrema, a caridade não obriga com grave incômodo.
Para evitar o escândalo, seja dos pusilânimes, seja o farisaico, devem-se omitir aquelas ações, aliás boas em si, mas aparentemente más, desde que se possa fazê-la sern grave incômodo; assim se alguém tem permissão de comer carne numa sexta-feira e prevê que outros se escandalizariam, se o vissem, deve procurar passar despercebido. ou declarar que tem dispensa. se não quer se abster-se de todo.
É permitido, segundo a opinião mais provável, aconselhar alguém a causar à mesma pessoa um mal menor, menos grave, para evitar um mal maior, mais grave, ja premeditado; por exemplo, roubar uma pessoa, em vez de mata-la.
É lícito por uma causa proporcionada, mesmo que não seja grave, realizar urna ação em si boa, mesmo prevendo que será para o próximo ocasião de escândalo; pode ser licito pedir um empréstimo a um usurário, os sacramentos ao sacerdote que se ache em estado de pecado mortal, quando não se pode ter à mão outro padre, etc.
É lícito permitir que alguém faça o mal para corrigi-lo depois mais eficazmente. Antes. por justa causa, se pode pôr diante de alguém a ocasião de pecado; por exemplo, para provar a fidelidade de uma empregada, se pode deixar oberto o local onde se põe o dinheiro, etc.
Se a recusa de funerais religiosos a comunistas acarretasse g:raves danos, se poderiam conceder em todo ou em parte, tendo. sempre. porém, o cuidado de remover qualquer escândalo ou aparência de desprezo da religião, contanto que as bandeiras ou outras insígnias comunistas não penetrem na igreja durante os funerais, nem se cubra o caixão com a bandeira vermelha.
136, - III. A reparação do escândalo. O escândalo leva consigo a obrigação da reparação.
Esta obrigação deriva só da caridade, se alguém para dar ·escândalo se serviu somente da persuasão ou do mau exemplo; deriva também da justiça, se alguém se serviu de meios injustos, como o engano. a violência, o medo. A reparação deve ser feita pessoalmente ou por meto de outrem, quer com bons conselhos e com santos exemplos, quer com outros meios, segundo o modo pelo qual o escândalo foi dado.
Para os superiores réus de escândalos, a obrigação da reparação resulta do próprio cargo que desempenham. Se, o escândalo foi público, a reparação deve ser feita também publicamente.
137. IV São culpados de escândalo.
1) As mulheres que vestem roupas muito justas e usam decotes indecorosos a ponto de provocarem os homens, Vestir-se como homem ou mascarar-se, não constitui em si pecado grave, desde que não haja intenção de provocar.
2) Os escritores de livros maus e obscenos e aqueles que os vendem ou os dão para ler.
3) Os que fazem discursos obscenos ou cantam canções ofensivas à moral, especialmente diante de crianças.
4) Os que dão representações obscenas como os atores e as atrizes e os que expõem estátuas e quadros, que representam pessoas adulta completamente nuas.
5) Os eclesiásticos que tem em sua casa pessoas suspeitas, ou vão visitar tais pessoas com frequência {cân. 133, § 1).
---
Olavo de Carvalho referencia uma técnica de terror psicólogico onde o inimigo usa de escândalo para paralisar o seu alvo como notórias contradições e injustiças
...
p95
215.- VII. Escândalo.
1.º Definição. - Escândalo é qualquer ato exterior, mau ·na essência, ou só na aparência, que pode levar, ao
pecado, o próximo.
Quem bateu no próximo é obrigado 1\ reparação do mal que fêz se lhe houver impossibi1itado o serviço.
Manifestam impiedosa crueldade para com os animais, os que ou presenciam com gôsto, certos divertimentos bárbaros aomo ou rinhaa. Doutl'ina Oatólica - 4
2.° Condições para haver escândalo. - Decorrem da própria definição, e são três:
a) É preciso que seja um ato exterior. É possível dar escândalo: - 1. por palavr~s contrárias à fé ou aos bons costumes: blasfêmias, imprecações,
ditos licenciosos; - 2. pelos a tos que inGitam ao mal
quem os presencia; - 3. por escritos: livros, romances,
revistas, jornais, folhetins, peças de teatro, que fazem alarde
do vício ou da impiedade; - 4. pela omissão de atos prescritos,
como o não assistir à missa nos domingos e dias
santos . -
b) É preciso que o ato seja mau na essência, ou na aparência somente. Quem comer carne em público, num
. dia de abstinência, dá escândalo, embora goze de alguma dispensa ignorada das testemunhas. -
c) Terceiro requisito, é que o ato possa induzir a pecar. Por isso, um pecado exterior, que ninguém presenciou, não é matéria de escândalo, porque fica sem influência. Quando reunidos os três requisitos supra, há pecados de escândalo, ainda que não chegue o próximo, a cair na falta.
3º Espécies de escândalos. - O escândalo é denominado ativo ou passivo, ·conforme se considera no que dá escândalo, ou no que fica escandalizado.
A. O ESCÂNDALO ATIVO é: - a) direto, quando o ato é cometido intencionalmente, de propósito para levar os outros ao pecado. Se o motivo único for mesmo causar a perdição das almas, o escândalo. direto é chamado diabólico;
b) indireto, quando não existindo, expresso, explícito, êsse intuito de fazer alguém cair no vício, vai-se praticando o que é, ou parece, de natureza a dar exemplo funesto e a incitar ao mal. Seria o caso de um pai devasso, não desejando, certamente, que seus filhos o imitem.
B. O ESCÂNDALO PASSIVO, ou escândalo recebido, provém do escândalo ativo, direto ou indireto. Contudo, acontece também que uma obra muito boa vem a ser, para o próximo, ocasião de pecado. Isto se dá: - 1. por causa da ignorância ou da falta de critério, que enxerga o mal onde na realidade não há mal nenhum: é o escândalo dos fracos de espírito, dos simplórios; -
2. por causa da malícia e perversidade de quem quer escandalizar-se. É corrupto e malévolo, por isso interpreta tendenciosamente os ditos ou feitos alheios, a fim de se indulgenciar na prática do mal, quando tais ditos e feitos são perfeitamente inocentes, ou até, visceralmente bons: é o escândalo dos Fariseus (I) .
4. Gravidade do escândalo. -- A gravidade do escândalo se deduzirá de duas razões: - A. O escandaloso
contribui na perda elas almas que Nosso Senhor resgatou à custa do seu sangue. Se é crime monstruoso, tirar a vida do corpo, que crime mais execrando não será, arrebatar-lhe a vida da alma! « Ai daquele, diz Nosso Senhor, que der escândalo! Melhor fôra, para êle, que lhe houvessem amarrado, ao pescoço, uma pedra de moinho e o houvessem, assim, jogado ao mar» (Mat., XVIII, 6).
B. O escândalo é tanto mais grave, quanto mais contagiosos, os resultados nefandos que produz. Estragos
dificilmente reparáveis, quase sempre. Todavia, o caráter de gravidade varia com as circunstâncias. A gravidade do escândalo depende, com efeito:
- a) da intenção do escandaloso. Quanto mais exato fôr, o conhecimento que êste tiver da malícia do seu pecado, tanto mais pesada a responsabilidade.
Logo, o escândalo direto é pior, por natureza, do que o escândalo indireto, porque é calculado; -
b) da influência que o escandaloso tem sôbre os outros; assim, a falta cometida por um superior dá escândalo mais pernicioso, do que a mesma falta cometida por um inferior;
c) do número de pessoas escandalizadas;
d) da idade das ( 1) É chamado assim, (la alusão aos Fariseus que levavam a mal tudo o que fazia Nosso Senhor, e se escandalizavam até dos benefícios dêle, das curas que obrava. Não só lhe imputavam a crime ·a violação do sábado, a êle, autor do preceito (Mat., XII, 1, 8 · Marcos II 23-28 LUcas, VI, 1-6), mas ainda, o repreendiam, a êle que ~r a Deus 'po1: perdoar os pecados ( C'urn. (lo paralítico, Marcos, II, 1-12; Lttca-s, 'v, 17-26) e frequentar os pecadores, (lllat., rx, 9-13; JiM'C08, II, 13-17; L·ttcc~s. v, 27-3~).
mesmas. Maior culpa a de quem escandalizar crianças, jovens
inocentes· -
e) da importância do delito que o provoca;
- f) d; gravidade das faltas que o escândalo motivará.
Logo, um pecado venial pode tornar-se mortal por causa do
escândalo.
5.0 Algumas regras práticas. - Por que normas
deverá o católico pautar seu proceder em relação aos
diferentes casos aludidos precedentemente.
A. Fugir do escândalo direto, sempre e claramente proibido, desde que o fim é mau. .
B. Tratando-se de escândalo indireto, é preciso. diStinguir:
- a) Sendo más as obras, ~v.identemen~e n~o se
podem praticar. - b) Se . f?rem hcltas, ~ m~s . so n~
aparência, é preciso ainda evita-las, quando nao ha necessidade
premente: por exemplo não se deve freqüentar, sem
motivos fortes, uma pessoa de reputação perdida.
C. Melhor também abster-se, sendo possível sem dano
grande, do que causaria escândalo dos fracos. A car~dad~
para com o próximo aconselha que abandonemos,_ nao so
uma obra indiferente, mas ainda uma obra boa, espeCialm~nte
se não fôr de preceito, e até, às vêzes uma obra boa, -~b]eto
de lei positiva, quando houver de redundar em ocasiao de
pecado para alguém. Por exemplo, uma senhora tem o
direito e, pode ser, o dever, de faltar ao mandamento da
assistência à missa do domingo, se seu marido entra a
blasfemar e odiar a religião, por causa disso. Se resultasse,
para ela, .muito prejuízo espiritual com a perda ~a ~iss~,
não teria obrigação de falhar. Aliás, esta abstençao so diz
respeito a uma situação passageira. · •
D. No escândalo farisaico, o católico nada pode evitar.
Desprezá-lo. Com efeito, está todo o mal, na corrupç·ão de
quem se escandaliza, na malícia dêle, e de nenh~m modo no
ato de quem dá escândalo. Faça, êste, o que fizer, sempre
se escandalizarão os tais fariseus.
6.0 Reparação do escândalo. -É obrigatória, a
reparação do escândalo. É dever de justiça e de caridade.
E a reparação tem de revestir a mesma notoriedade do que
o escândalo. Efetivar-sc-á pelos processos mais adequados
para aniquilar os resultados nefastos do escândalo. Substituir
maus conselhos por; bons conselhos, exemplos maus por
exemplos bons, ações péssimas com ações edificantes, etc.
CONCLUSÃO PRÁTICA
1. 0 Se cultivarmos fervorosamente o amor de Deus, se o nosso coração ancorar suas esperanças nas recompensas da outra vida, havemos de enfrentar, impertérritos, os embates ·da existencia ; havemos de suportar, resignados e invictos, os reveses deste mundo, a fim de merecermos os prêmios do al~m.
2. 0 Limpemos sempre, escrupulosamente, os nossos
corações, dos menores resquícios de 6dio, de rancor ou
raiva, contra o pr6ximo. Não altercar, nunca, com
• I n1nguem.
3. o Não demos escândalo a quem guer que seja.
Antes vamos pregando a todos, o sermão profícuo e
modesto dos bons exemplos. Assim, arrastaremos muita
gente à prática do bem.
LEITURAS. - L0 O assassfnio castigado no Antigo Testamento.
Punição dos grandes criminosos: CAIM (Gen., IV, 10), ACAB
(III Rei.r, xxn), JEZABEL (IV Rei.r, IX, 30-37).
2. o J eroboão, punido por ter dado escândalo às tribos de Israel
(3. 0 Livro dos Rei.r, XII, XIV e xv).
3. Eleasar prefere morrer a dar esdndalo (II .ilfac., VI).
4.0 Quanto ao esd.ndalo dos fracos, ler: Rom., XIV, 21; I Cor.,
VIII, 13.
QUESTIONÁRIO. -- I. Qual é o objeto do 5.0 mandamento
da Lei de D~us ?
II, 1.0 Que é suiddio dit·eto? 2. 0 Por que é proibido? 3L0 Será
também proibido o suiddio indireto ? 4.0 Que motivos graves
autorizam o suiddio indireto ?
lJI. Lo Que é homiddio direto ? 2.0 Que é homiddio indireto ?
3.0 E crime o homiddio voluntário ? 4.0 Em que consiste a gravidade
do homiddio ?
IV. Lo Em que caso é permitido o homiddio ? 2.0 Que vem a
ser o caso de legftima defesa ? 3.0 Quais são os requisitos para a existência dêste direito ? 4. 0 É sempre Hcitc, matar em caso de legÍtima
defesa ? 5. 0 Pode a sociedade. sentenciar a pena de morte ?
6. 0 Quando é justa a guerra ? 7. 0 Quais são os direitos dos
beligerantes ? 8.0 Os deveres dos mesmos ?
V. 1.0 Que é duelo ? 2. 0 Quem o condena ?
julgamento de Deus ? 4. 0 Que é duelo judiciário ? 5. 0
teve a Igreja, a respeito do duelo judiciário ?
3. 0 Que é
Que atitude
VI. Serão também os maus tratos e desejos de vingança,
igualmente proibidos pelo 5. 0 Mandamento ?
VII. 1.0 Que é esd\ndalo ? 2. 0 Que é preciso pat·a haver esc~ndalo
? 3.0 Quais são as espécies de esc~ndalos ? 4.0 Qual é a gravidade
do esc~ndalo ? 6. o Quais são as regras práticas que podei~
dar a respeito do esdl.ndalo ? 6. 0 Haverá obrigação de ser reparado
o esc~ndalo ?
TRABALHOS ESCRITOS. - I.o Dizer porque são mais
numerosos, hoje em dia, os suicídios, do que outrora. 2. 0 O comandante
e os soldados que defendem uma fortaleza terão o direito
de fazê-la voar pelos ares, suicidando-se, portanto, antes do que
entregar-se ao adversál'io ? 3. 0 Um prêso, --como fêz Mac Swiney,
pr.efeito de Cork, encarcerado a 12 de ag8sto de 1920, -que pratica
a greve da fome voluntária, levada até a morte, no intuito de assegUl'ar
o triunfo de uma causa que se pode considerar como justa, e superior
à vida de um indivíduC', poderá se1· incriminado de suicídio condenável,
de ato imoral ? 4. 0 Os pintores e escultores que expõem
obras indecentes não serão culpados de escândalo ?
Livro Boulenger p.239, da Caridade
305.- XIV. Pecados opostos ao amor do próximo.
~----- ~
~-~;:~;-~
·! ' 1.0 o ódio (N.0 299); 2.0 a inveja e o crime (N.0 269); 3.0
;}: · a discórdia, que é o mal-estar produzido por sentimentÓs e
-;; ~ ' vontades contrárias. Não é sen;tpre culpa grave. Nos assuntos
l;~ . indiferentes, pode-se ter, e advogar, esta ou aquela opinião,
: :":·~( .
~:: :?~. ; ~·
r, .. -~~; .. ':,··
E;: _;:;_·
( 1) Uma forma exc·eJente que a caricla.cle a dota, hoje em dia, e é
certamente das melhores, 11ode ser chamada : assistência pelo tn,ba.lho.
Consisb em dar ocupação nos desempret:ados que têm fôrçà e boa vontade,
e em remunerar, generosamente, seus serviços. Assim perde, a esmola, êsn
caráter de sobranceira. que tanto apoquenta os zelosos socialistas.
'·"' ·,
DA CARIDADE 239
conquanto nã-o se manifeste, nos arrazoados, nem má fé, nein
azedume; mas, são de recear as chispas do espírito, que
ateiam incêndios, as mofas e ditos ferinos, que fazem as
discussões desvirtuar-se, provocando rixas e desavenças
funestíssimas; 4.0 a sedição, que é discórdia de maior
extensão, armando, um ocntra outro, diversos grupos da
mesma cidade, ou da mesma terra. É o germe das guerras
civis, das lutas fratricidas. Entretanto, resistir às arbitrariedades,
aos abusos de um poder tirânico, e .empregar para
isso; todos os meios constitucionais, ou simplesmente legí7. ·
timos, não é sedição reprovável, e haverá, às vêzes, obrigação
de combater os desmandos de um govêrno que exorbita das
saus funções, oprimindo as consciências; 5. 0 o escândalo,
pecado grave contra o amor devido 'à ahria do próximo, e
do qual se tratou na 7.a lição (N.0 215).
CONCLUSÃO PRÁTICA
1.° Fazer amiúde atos de caridade. Temos amor ao
. que é belo, ao que é bom, ao que é bem. Logo, devemos
amar a Deus acima de tudo, porque êle possui essas
perfeições tôdas, em grau infinito.
2. o Depois de cairmos na desgraça do pecado mortal,
não sendo possível a confissão imediata, façamos,
quanto menos, um ato de caridade perfeita, o quat
unido ao arrependimento, nos alcance o perdão.
3.0 Deus. abençoa~ e~mola. Seja nosso ~aior dele~te,
se tiveres pouco, sê solícito em repartir até dêsse pouco »
(TohiaJ', IV, 9). « O que não gostarias que te fizessem, tu
mesmo, não o faças a outrem. Come teu pão na companhia
dos que tiverem fome e dos indigentes, e cobre·, ·
com tuas roupas, os que estão despidos» ( 'FvhiaJ', IV, 16, 17).
4.0 O célebre Americano Carnegie, no comêço, simples
operário ga.{lhando poucos centavos semanalmente, e
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215.- VII. Escândalo.
1.º Definição. - Escândalo é qualquer ato exterior, mau ·na essência, ou só na aparência, que pode levar, ao
pecado, o próximo.
Quem bateu no próximo é obrigado 1\ reparação do mal que fêz se lhe houver impossibi1itado o serviço.
Manifestam impiedosa crueldade para com os animais, os que ou presenciam com gôsto, certos divertimentos bárbaros aomo ou rinhaa. Doutl'ina Oatólica - 4
2.° Condições para haver escândalo. - Decorrem da própria definição, e são três:
a) É preciso que seja um ato exterior. É possível dar escândalo: - 1. por palavr~s contrárias à fé ou aos bons costumes: blasfêmias, imprecações,
ditos licenciosos; - 2. pelos a tos que inGitam ao mal
quem os presencia; - 3. por escritos: livros, romances,
revistas, jornais, folhetins, peças de teatro, que fazem alarde
do vício ou da impiedade; - 4. pela omissão de atos prescritos,
como o não assistir à missa nos domingos e dias
santos . -
b) É preciso que o ato seja mau na essência, ou na aparência somente. Quem comer carne em público, num
. dia de abstinência, dá escândalo, embora goze de alguma dispensa ignorada das testemunhas. -
c) Terceiro requisito, é que o ato possa induzir a pecar. Por isso, um pecado exterior, que ninguém presenciou, não é matéria de escândalo, porque fica sem influência. Quando reunidos os três requisitos supra, há pecados de escândalo, ainda que não chegue o próximo, a cair na falta.
3º Espécies de escândalos. - O escândalo é denominado ativo ou passivo, ·conforme se considera no que dá escândalo, ou no que fica escandalizado.
A. O ESCÂNDALO ATIVO é: - a) direto, quando o ato é cometido intencionalmente, de propósito para levar os outros ao pecado. Se o motivo único for mesmo causar a perdição das almas, o escândalo. direto é chamado diabólico;
b) indireto, quando não existindo, expresso, explícito, êsse intuito de fazer alguém cair no vício, vai-se praticando o que é, ou parece, de natureza a dar exemplo funesto e a incitar ao mal. Seria o caso de um pai devasso, não desejando, certamente, que seus filhos o imitem.
B. O ESCÂNDALO PASSIVO, ou escândalo recebido, provém do escândalo ativo, direto ou indireto. Contudo, acontece também que uma obra muito boa vem a ser, para o próximo, ocasião de pecado. Isto se dá: - 1. por causa da ignorância ou da falta de critério, que enxerga o mal onde na realidade não há mal nenhum: é o escândalo dos fracos de espírito, dos simplórios; -
2. por causa da malícia e perversidade de quem quer escandalizar-se. É corrupto e malévolo, por isso interpreta tendenciosamente os ditos ou feitos alheios, a fim de se indulgenciar na prática do mal, quando tais ditos e feitos são perfeitamente inocentes, ou até, visceralmente bons: é o escândalo dos Fariseus (I) .
4. Gravidade do escândalo. -- A gravidade do escândalo se deduzirá de duas razões: - A. O escandaloso
contribui na perda elas almas que Nosso Senhor resgatou à custa do seu sangue. Se é crime monstruoso, tirar a vida do corpo, que crime mais execrando não será, arrebatar-lhe a vida da alma! « Ai daquele, diz Nosso Senhor, que der escândalo! Melhor fôra, para êle, que lhe houvessem amarrado, ao pescoço, uma pedra de moinho e o houvessem, assim, jogado ao mar» (Mat., XVIII, 6).
B. O escândalo é tanto mais grave, quanto mais contagiosos, os resultados nefandos que produz. Estragos
dificilmente reparáveis, quase sempre. Todavia, o caráter de gravidade varia com as circunstâncias. A gravidade do escândalo depende, com efeito:
- a) da intenção do escandaloso. Quanto mais exato fôr, o conhecimento que êste tiver da malícia do seu pecado, tanto mais pesada a responsabilidade.
Logo, o escândalo direto é pior, por natureza, do que o escândalo indireto, porque é calculado; -
b) da influência que o escandaloso tem sôbre os outros; assim, a falta cometida por um superior dá escândalo mais pernicioso, do que a mesma falta cometida por um inferior;
c) do número de pessoas escandalizadas;
d) da idade das ( 1) É chamado assim, (la alusão aos Fariseus que levavam a mal tudo o que fazia Nosso Senhor, e se escandalizavam até dos benefícios dêle, das curas que obrava. Não só lhe imputavam a crime ·a violação do sábado, a êle, autor do preceito (Mat., XII, 1, 8 · Marcos II 23-28 LUcas, VI, 1-6), mas ainda, o repreendiam, a êle que ~r a Deus 'po1: perdoar os pecados ( C'urn. (lo paralítico, Marcos, II, 1-12; Lttca-s, 'v, 17-26) e frequentar os pecadores, (lllat., rx, 9-13; JiM'C08, II, 13-17; L·ttcc~s. v, 27-3~).
mesmas. Maior culpa a de quem escandalizar crianças, jovens
inocentes· -
e) da importância do delito que o provoca;
- f) d; gravidade das faltas que o escândalo motivará.
Logo, um pecado venial pode tornar-se mortal por causa do
escândalo.
5.0 Algumas regras práticas. - Por que normas
deverá o católico pautar seu proceder em relação aos
diferentes casos aludidos precedentemente.
A. Fugir do escândalo direto, sempre e claramente proibido, desde que o fim é mau. .
B. Tratando-se de escândalo indireto, é preciso. diStinguir:
- a) Sendo más as obras, ~v.identemen~e n~o se
podem praticar. - b) Se . f?rem hcltas, ~ m~s . so n~
aparência, é preciso ainda evita-las, quando nao ha necessidade
premente: por exemplo não se deve freqüentar, sem
motivos fortes, uma pessoa de reputação perdida.
C. Melhor também abster-se, sendo possível sem dano
grande, do que causaria escândalo dos fracos. A car~dad~
para com o próximo aconselha que abandonemos,_ nao so
uma obra indiferente, mas ainda uma obra boa, espeCialm~nte
se não fôr de preceito, e até, às vêzes uma obra boa, -~b]eto
de lei positiva, quando houver de redundar em ocasiao de
pecado para alguém. Por exemplo, uma senhora tem o
direito e, pode ser, o dever, de faltar ao mandamento da
assistência à missa do domingo, se seu marido entra a
blasfemar e odiar a religião, por causa disso. Se resultasse,
para ela, .muito prejuízo espiritual com a perda ~a ~iss~,
não teria obrigação de falhar. Aliás, esta abstençao so diz
respeito a uma situação passageira. · •
D. No escândalo farisaico, o católico nada pode evitar.
Desprezá-lo. Com efeito, está todo o mal, na corrupç·ão de
quem se escandaliza, na malícia dêle, e de nenh~m modo no
ato de quem dá escândalo. Faça, êste, o que fizer, sempre
se escandalizarão os tais fariseus.
6.0 Reparação do escândalo. -É obrigatória, a
reparação do escândalo. É dever de justiça e de caridade.
E a reparação tem de revestir a mesma notoriedade do que
o escândalo. Efetivar-sc-á pelos processos mais adequados
para aniquilar os resultados nefastos do escândalo. Substituir
maus conselhos por; bons conselhos, exemplos maus por
exemplos bons, ações péssimas com ações edificantes, etc.
CONCLUSÃO PRÁTICA
1. 0 Se cultivarmos fervorosamente o amor de Deus, se o nosso coração ancorar suas esperanças nas recompensas da outra vida, havemos de enfrentar, impertérritos, os embates ·da existencia ; havemos de suportar, resignados e invictos, os reveses deste mundo, a fim de merecermos os prêmios do al~m.
2. 0 Limpemos sempre, escrupulosamente, os nossos
corações, dos menores resquícios de 6dio, de rancor ou
raiva, contra o pr6ximo. Não altercar, nunca, com
• I n1nguem.
3. o Não demos escândalo a quem guer que seja.
Antes vamos pregando a todos, o sermão profícuo e
modesto dos bons exemplos. Assim, arrastaremos muita
gente à prática do bem.
LEITURAS. - L0 O assassfnio castigado no Antigo Testamento.
Punição dos grandes criminosos: CAIM (Gen., IV, 10), ACAB
(III Rei.r, xxn), JEZABEL (IV Rei.r, IX, 30-37).
2. o J eroboão, punido por ter dado escândalo às tribos de Israel
(3. 0 Livro dos Rei.r, XII, XIV e xv).
3. Eleasar prefere morrer a dar esdndalo (II .ilfac., VI).
4.0 Quanto ao esd.ndalo dos fracos, ler: Rom., XIV, 21; I Cor.,
VIII, 13.
QUESTIONÁRIO. -- I. Qual é o objeto do 5.0 mandamento
da Lei de D~us ?
II, 1.0 Que é suiddio dit·eto? 2. 0 Por que é proibido? 3L0 Será
também proibido o suiddio indireto ? 4.0 Que motivos graves
autorizam o suiddio indireto ?
lJI. Lo Que é homiddio direto ? 2.0 Que é homiddio indireto ?
3.0 E crime o homiddio voluntário ? 4.0 Em que consiste a gravidade
do homiddio ?
IV. Lo Em que caso é permitido o homiddio ? 2.0 Que vem a
ser o caso de legftima defesa ? 3.0 Quais são os requisitos para a existência dêste direito ? 4. 0 É sempre Hcitc, matar em caso de legÍtima
defesa ? 5. 0 Pode a sociedade. sentenciar a pena de morte ?
6. 0 Quando é justa a guerra ? 7. 0 Quais são os direitos dos
beligerantes ? 8.0 Os deveres dos mesmos ?
V. 1.0 Que é duelo ? 2. 0 Quem o condena ?
julgamento de Deus ? 4. 0 Que é duelo judiciário ? 5. 0
teve a Igreja, a respeito do duelo judiciário ?
3. 0 Que é
Que atitude
VI. Serão também os maus tratos e desejos de vingança,
igualmente proibidos pelo 5. 0 Mandamento ?
VII. 1.0 Que é esd\ndalo ? 2. 0 Que é preciso pat·a haver esc~ndalo
? 3.0 Quais são as espécies de esc~ndalos ? 4.0 Qual é a gravidade
do esc~ndalo ? 6. o Quais são as regras práticas que podei~
dar a respeito do esdl.ndalo ? 6. 0 Haverá obrigação de ser reparado
o esc~ndalo ?
TRABALHOS ESCRITOS. - I.o Dizer porque são mais
numerosos, hoje em dia, os suicídios, do que outrora. 2. 0 O comandante
e os soldados que defendem uma fortaleza terão o direito
de fazê-la voar pelos ares, suicidando-se, portanto, antes do que
entregar-se ao adversál'io ? 3. 0 Um prêso, --como fêz Mac Swiney,
pr.efeito de Cork, encarcerado a 12 de ag8sto de 1920, -que pratica
a greve da fome voluntária, levada até a morte, no intuito de assegUl'ar
o triunfo de uma causa que se pode considerar como justa, e superior
à vida de um indivíduC', poderá se1· incriminado de suicídio condenável,
de ato imoral ? 4. 0 Os pintores e escultores que expõem
obras indecentes não serão culpados de escândalo ?
Livro Boulenger p.239, da Caridade
305.- XIV. Pecados opostos ao amor do próximo.
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·! ' 1.0 o ódio (N.0 299); 2.0 a inveja e o crime (N.0 269); 3.0
;}: · a discórdia, que é o mal-estar produzido por sentimentÓs e
-;; ~ ' vontades contrárias. Não é sen;tpre culpa grave. Nos assuntos
l;~ . indiferentes, pode-se ter, e advogar, esta ou aquela opinião,
: :":·~( .
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( 1) Uma forma exc·eJente que a caricla.cle a dota, hoje em dia, e é
certamente das melhores, 11ode ser chamada : assistência pelo tn,ba.lho.
Consisb em dar ocupação nos desempret:ados que têm fôrçà e boa vontade,
e em remunerar, generosamente, seus serviços. Assim perde, a esmola, êsn
caráter de sobranceira. que tanto apoquenta os zelosos socialistas.
'·"' ·,
DA CARIDADE 239
conquanto nã-o se manifeste, nos arrazoados, nem má fé, nein
azedume; mas, são de recear as chispas do espírito, que
ateiam incêndios, as mofas e ditos ferinos, que fazem as
discussões desvirtuar-se, provocando rixas e desavenças
funestíssimas; 4.0 a sedição, que é discórdia de maior
extensão, armando, um ocntra outro, diversos grupos da
mesma cidade, ou da mesma terra. É o germe das guerras
civis, das lutas fratricidas. Entretanto, resistir às arbitrariedades,
aos abusos de um poder tirânico, e .empregar para
isso; todos os meios constitucionais, ou simplesmente legí7. ·
timos, não é sedição reprovável, e haverá, às vêzes, obrigação
de combater os desmandos de um govêrno que exorbita das
saus funções, oprimindo as consciências; 5. 0 o escândalo,
pecado grave contra o amor devido 'à ahria do próximo, e
do qual se tratou na 7.a lição (N.0 215).
CONCLUSÃO PRÁTICA
1.° Fazer amiúde atos de caridade. Temos amor ao
. que é belo, ao que é bom, ao que é bem. Logo, devemos
amar a Deus acima de tudo, porque êle possui essas
perfeições tôdas, em grau infinito.
2. o Depois de cairmos na desgraça do pecado mortal,
não sendo possível a confissão imediata, façamos,
quanto menos, um ato de caridade perfeita, o quat
unido ao arrependimento, nos alcance o perdão.
3.0 Deus. abençoa~ e~mola. Seja nosso ~aior dele~te,
se tiveres pouco, sê solícito em repartir até dêsse pouco »
(TohiaJ', IV, 9). « O que não gostarias que te fizessem, tu
mesmo, não o faças a outrem. Come teu pão na companhia
dos que tiverem fome e dos indigentes, e cobre·, ·
com tuas roupas, os que estão despidos» ( 'FvhiaJ', IV, 16, 17).
4.0 O célebre Americano Carnegie, no comêço, simples
operário ga.{lhando poucos centavos semanalmente, e
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