Cançonetas espirituais e morais.
Anônimo, Milão, 1677
Tradução livre
O che bel stare è stare in Paradiso Dove si vive sempre in fest’e riso Vedendosi di Dio svelato il viso O che bel stare è star in Paradiso.
Ohimè che orribil star qui nell’inferno
Ove si vive in pianto e foco eterno Senza veder mai Dio in sempiterno Ahi, ahi, che orribil star giù nell’inferno.
Là non vi regna giel, vento, calore,
Che il tempo è temperato a tutte l’hore Pioggia non v’è, tempesta, nè baleno, Che il Ciel là sempre si vede sereno. Il fuoco e ‘l ghiaccio là, o che stupore Le brine, le tempeste, e il sommo ardore Stanno in un loco tutte l’intemperie Si radunan laggiù, o che miserie. Havrai insomma là quanto vorrai E quanto non vorrai non haverai E questo è quanto, o Musa, posso dire Però fa pausa il canto e fin l’ardire. Quel ch’aborrisce qua, là tutto havrai Quel te diletta e piace mai havrai E pieno d’ogni male tu sarai Disperato d’uscirne mai, mai, mai! O che bel stare è star in Paradiso Dove si vive sempr’in fest’e riso Vedendosi di Dio svelato il viso O che bel stare è star in Paradiso. |
Oh como é bom estar no Paraíso
Donde se vive sempre em festa e riso
Deus revelado em face agora viso
Oh como é bom estar no Paraíso.
Ai de mim, que horrível estar no inferno
Donde se vive em pranto e fogo eterno
Sem nunca mais ver Deus sempiterno
Ai, que horrível estar sob o inferno.
No Céu não reina ventos nem calores,
Bem temperado os climas arredores
Não vês chuvas, tormenta ou mal terreno,
No Céu sempre se vê tudo sereno.
O fogo é gelo ali, que estupor
Uma salmoura, tormenta e calor
Estão em local de intempéries
Lá se reúnem todas suas misérias.
No Céu terás tudo o que te é querido
O que não queres é por dispensado
E isso, oh Musa, é tudo o que conto
Quebram-se minha audácia e meu canto.
Aquilo que abominas, tu terás
O que te é dileto perderás
Pleno de todos os males estarás
Desesperado e fuga nunca mais!
Oh como é bom estar no Paraíso,
Donde se vive sempre em festa e riso,
Deus revelado em face agora viso.
Oh como é bom estar no Paraíso.
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