(gr. ουσία (ousia); lat. Substantia-, in. Substance, fr. Substance, ai. Substanz; it. Sostanzá).
Esse termo teve dois significados fundamentais:
- 1º de estrutura necessária;
- 2º de conexão constante.
O primeiro pertence à metafísica tradicional; o segundo, ao empirismo.
1º No primeiro significado, é S.:
a) o que é necessariamente aquilo que é;
b) o que existe necessariamente.
Ambas estas determinações foram expostas na metafísica aristotélica, que gira inteiramente em torno do conceito de S.
A primeira determinação é designada por Aristóteles com a expressão το τι ην ειναι (to ti in einai) ( (quod quid erat esse), que pode ser traduzida como essência necessária; com efeito, ao pé da letra, essa expressão significa aquilo que o ser era, onde o imperfeito "era" indica a continuidade ou estabilidade do ser, seu ser desde sempre e para sempre.
A essência necessária é expressa pela definição (v.) e é objeto do conhecimento científico (v. CIÊNCIA).
A segunda determinação relaciona-se com a primeira: é S. o que existe necessariamente. Aristóteles diz:
"Temos ciência das coisas particulares só quando conhecemos a essência necessária das mesmas, e com todas as coisas ocorre o mesmo que ocorre com o bem: se o que é bem por essência não é bem, então nem o que existe por essência existe, e o que é uno por essência não é uno; e assim com todas as outras coisas" {Met., VII, 6, 1031 b 6).