A vida conjugal ortodoxa começa com uma cerimônia honrosa e pública. |
"One wife, one life"
[Uma esposa, uma vida]
Dito popular que aprendi de um indiano.
A inspiração desse post veio ao saber que as composições de Jeremiah Clarke (1674-1707) e Henry Purcell (1659-1695) acompanham cerimônias de casamento. Tais composições para órgão e trompete dos compositores levam a imaginação ao matrimônio nobre tal como sacramento, propagador dos bens da vida, inspirador da felicidade. O casamento assim é como deve ser, uma iniciação pública a vida conjugal salutar que se desenvolverá tão nobre quanto essa iniciação, a procedência dos bens da família, genes que Deus criou, filhos semelhantes aos pais, eventos, um pequeno feudo, saúde e ar fresco à sociedade, não perfeito, para longe os contos de fadas, mas vá ver se se encontra tal beleza verdadeira no mundo moderno?
Uma percepção avessa surge no mundo contemporâneo. Muito constrange a situação da relação conjugal de alguns, esses não se casam, 'se juntam'. Os nomes adequados as práticas ilícitas envolvidas são concubinato, amasiamento, coabitação, fornicação e prevaricação ou adultério, a infidelidade e o descarte das amantes tornou-se hábito, pilastra de um cinismo que força a esperança e promove a apatia, fazem pouco do VI e do IX mandamento. Não tem nada de novidade, o declínio humano sentido irracional que a humanidade já teve a desonra de experimentar no passado pagão e idólatra está a tona e pior por apostasia, uma desgraça, que por violar a condição dos bons costumes é rotulado como "progresso" no cronograma de ideólogos mefistofélicos.
Uma percepção avessa surge no mundo contemporâneo. Muito constrange a situação da relação conjugal de alguns, esses não se casam, 'se juntam'. Os nomes adequados as práticas ilícitas envolvidas são concubinato, amasiamento, coabitação, fornicação e prevaricação ou adultério, a infidelidade e o descarte das amantes tornou-se hábito, pilastra de um cinismo que força a esperança e promove a apatia, fazem pouco do VI e do IX mandamento. Não tem nada de novidade, o declínio humano sentido irracional que a humanidade já teve a desonra de experimentar no passado pagão e idólatra está a tona e pior por apostasia, uma desgraça, que por violar a condição dos bons costumes é rotulado como "progresso" no cronograma de ideólogos mefistofélicos.
O mau princípio narcisista se desenrola na erotização da sociedade e consequente liquefação. O impacto sobre muitas almas mais inteligentes é a sensação de prisão sob a sensualidade que domina os ambientes, uma espécie de gnose onde um difuso demiurgo institui uma prisão onde nada é capaz elevar a alma e todos são forçados a convirem com as grosserias da impureza, quem se recusa pode chegar ao erro dialético de um 'suicídio libertador' dos cárceres hedonistas. Entre os índios da Amazônia, me contaram, isso é muito comum, a tribo vive na embriagues e na orgia e alguns jovens se 'libertam' pelo suicídio; pelo longa-metragem nórdico 'O Homem que Incomoda' (Den Brysomme Mannen, 2006), é possível notar simbolicamente esse sentimento de prisão com mais fineza nos mecanismos de uma sociedade idealizada na apatia.
A união conjugal e a procriação passam a ser vistas como asquerosas, também nada novo pois as heresias cátaras da Idade Média possuíam esse mesmo caráter ao ponto de matarem mulheres grávidas sob o pretexto de aprisionarem almas na imundice da carne. Ha estudiosos como o Rougemont que mostram ser a heresia de Toulouse, que deu inicio ao Santo Ofício, a mesma heresia hodierna em escala global, muito se fala de amor, muito se fala de aborto.