“A vida passa tão rápido.
Eu vejo crianças tentando, se debatendo,
procurando por toda parte,
olhando uns para os outros e perguntando:
é você? É você?”
"De onde você veio?
Três horas atrás eu nem sabia que você existia,
digo-lhe com toda sinceridade
que não sou a pessoa que talvez imagine que eu sou.
Nunca me aconteceu nada nem mesmo remotamente parecido com isso.
Como tudo o que é mundano e comum,
se torna terrível e selvagem
quando o coração é destruído por felicidade e amor em excesso.”
“Você gosta dela, não gosta?
Eu gosto de todo mundo.
No inicio”.
No inicio”.
"O amor não é feito para sermos felizes
mas para nos sentirmos vivos"
(Trechos do trailer do filme 'Insolação')
Há um longa-metragem brasileiro analisado no site do cinegnose chamado Insolação qual chama a atenção pela sua linguagem cifrada. Pelo mesmo ter certa imoralidade, não recomendo. Sua mensagem é difícil de entender pois há um véu de diálogos e cenas estranhas que desejo decifrar considerando o ponto de vista da ontologia humana. Não estudei o diretor, nem o roteirista, nem nada do tipo que compõe a literatura, porém darei foco no tema do amor e da tristeza que a obra conta.
O filme retrata uma Brasília desértica com monumentos gigantes de concretos e pessoas perambulando em um dia sem fim, a história faz questão de conter apenas os atores em ambientes realmente abandonados da cidade. O sol esconde a frieza da cidade nos diz o protagonista e a paixão do amor é fisiologicamente confundida com uma febril insolação.
O amor é tratado junto com a frustração, todos os relacionamentos são problemáticos e cada personagem parece buscar uma estabilidade inalcançável no outro fazendo com que o 'você' seja uma palavra-chave para se entender a trama.
O protagonista nos pede para confiar no mistério do amor e da tristeza e que nos mostra estarmos morrendo, eis portanto uma tríade: Amor, Tristeza e Morte... Nos critério dos apetites sensíveis e visto como doença da alma, o que nos parece mais razoável?